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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Um dia em Ayutthaya



Ayutthaya foi capital da Tailândia até 1767, quando o exército birmanês (atual Myanmar), deixou-a em ruínas e a capital do antigo reino de Sião, foi para Bangkok. Visitar a cidade é uma tarefa fácil, estando em Bangkok. São algumas as opções para chegar lá: ônibus, trem ou passeio com guia. As duas primeiras são independentes, porém ao chegar à cidade será necessário contratar um motorista de tuk-tuk para te levar a todos os pontos de interesse.
Eu e as minhas amigas optamos pela terceira e mais preguiçosa opção: passeio com guia. Adquirimos o passeio na Khao San Road. Eram várias agências vendendo pacotes. Passei de uma em uma perguntando preços e pechinchando. Tarefa chata e árdua, sinceramente! Depois de tanto rodar, acabei achando um pacote por 500 Bahts (50 reais, aproximadamente). Bom preço para ser sincero. As vans vinham buscar as pessoas no hotel/hostel, e estavam inclusas algumas entradas e almoço.
O dia começou cedo, por volta das 7h30 a van nos buscou no hostel. Ao chegar na Khao San Road, no colocaram em outra van e partimos para Ayutthaya! Foi feita uma parada no meio do caminho para comprar alguns snacks e continuamos viagem.
Ao chegar no primeiro templo (Wat Phu Khao Thong), sentimos como será a visita: correndo e com uma guia para mais de 40 pessoas! hahaha Tínhamos cerca de 30 minutos para explorar a área.


Esse é o Wat Phu Khao Thong, reformado e lindo! Aliás, foi difícil enquadrá-lo para uma foto!

Sempre correndo fomos para a segunda parada: o buda reclinado de Ayutthaya e o templo ao redor (Wat Lokayasutharam).


O buda reclinado em uma missão quase impossível: conseguir uma foto sem ninguém! hehehe

Continuando a exploração da área, vemos outras partes do Wat Lokayasutharam.


O restante do templo, aqui inventei uma foto conceitual! =)
Mais corrida... entramos na van e fomos até outro sítio arqueológico: o Wat Mahathat, talvez o lugar mais incrível da cidade: onde encontramos a cabeça de Buda que foi "abraçada" pelas raízes de uma árvore. São várias lendas a respeito disso. A principal é de quando os birmaneses invadiram Ayutthaya, eles cortaram a cabeça de vários Budas e deixaram para trás. Somente quase 200 anos ela atrás foi descoberta.


Olhem o "abraço" da natureza à cabeça de Buda!

Esse, sem dúvida é o templo mais legal de Ayutthaya, porém com a correria, não houve muito tempo para explorá-lo da melhor forma.


Outra parte do Wat Mahathat, esses 3 montes também são parte das ruínas deixadas pelos birmaneses.

Depois, ao entrar na van, fizemos a parada para o almoço. A comida era bem honesta, mas a bebida não era inclusa. No calor da Tailândia uma Chang (cerveja local) caiu superbem!
Depois tivemos um pouco de tempo para explorar um mercado próximo para comprar alguns suvenires. Os preços eram bons, comparados a Bangkok.
Na correria novamente, nos separaram em outras vans e nos mandaram de volta para Bangkok. Posso dizer que foi uma aventura e tanto, já que o motorista sentiu aquela "leseira" pós-almoço e deu uns cochilos ao volante. Deu medo, mas estou aqui para contar a história!
Resumindo: ir a Ayutthaya vale muito a pena, mas correr para tirar algumas fotos não. Numa próxima vez, arriscaria ir de forma independente. Gastaria mais, mas aproveitaria melhor o meu tempo na cidade e exploraria com calma todas as belezas desse lindo patrimônio da Unesco. Até o próximo post!


domingo, 15 de abril de 2018

Florença em um dia

Florença em português, Firenze em italiano e Florence em inglês. Uma cidade que tem que ser traduzida em várias línguas, pois não existe beleza que caiba em palavras para descrever a capital da Toscana. Decerto uma das cidades mais lindas do mundo, que foi inspirada e inspirou grandes gênios literários (Dante Alighieri), das artes (Leonardo da Vinci e Michelangelo) e das ciências (Galileo Galilei). Também conhecida como berço do Renascimento, a busca da perfeição herdada da Grécia Antiga.

A perfeição em obra de arte: Davi de Michelangelo. Este não é o original, mas sim a réplica fiel da onde ficava a obra antes de ser transferida para o museu Accademia.

Poderia passar horas falando da história da cidade, mas vamos diretos ao assunto. Passei um dia na cidade em uma day trip (viagem de um dia) a partir de Roma. Lembro a todos que um dia não é suficiente para entrar nas atrações da cidade, como o Duomo, a Accademia e também a Galleria Uffizi. Para aqueles que terão mais dias por lá, recomendo fortemente a entrada nas atrações e a compra dos ingressos via internet para evitar filas, especialmente se for até lá na alta temporada (julho e agosto).
Ingressos para o Duomo: https://www.museumflorence.com/monuments/2-dome
Ingressos para Accademia: http://www.accademia.org/buy-tickets/
Ingressos para Galleria Uffizi: http://www.uffizi.org/buy-tickets/

A viagem começou ao comprar as passagens de trem ida e volta no site da Trenitalia (http://www.trenitalia.com/). Com antecedência de 3 meses, consegue-se bons valores. Paguei 19 euros na ida e o mesmo valor na volta. Adote essa estratégia que já falei um post aqui (https://felipeoviajeiro.blogspot.com.br/2018/03/trem-como-meio-de-transporte-na-europa.html).
Compre passagens que partem do início da manhã da cidade eterna e retornem no fim da tarde/início da noite. Assim, você terá umas 8, 9 horas para curtir a capital do Renascimento.
Ao chegar na estação central da cidade (Santa Maria Novella), compre um mapa ou utilize aplicativos como Google Maps para se guiar na cidade. Lembro que mesmo com ambos, me perdi bonito. Se perder faz parte da viagem e é muito bom para conhecer outros locais ao acaso, porém não em uma viagem com horas contadas. O primeiro local a se visitar será a igreja Santa Maria Novella. Lembro que quando fui estava em obras.

Essa é a Santa Maria Novella, em obras e vista de trás.

Continue a sua caminhada seguindo o fluxo de pessoas. Um dos pontos negativos da cidade é que recebe uma horda de turistas; será difícil tirar fotos só dos monumentos, as pessoas farão parte de suas fotos, se conforme! hehehe O outro ponto de interesse será o Duomo, a igreja Santa Maria del Fiore. É a edificação mais alta da cidade e pode ser vista de vários lugares. Na praça do Duomo é difícil enquadrá-la em suas fotos, porém vale a pena brincar e tirar fotos que destaquem partes da bela igreja.

Essa é a fachada da igreja, porém é um complexo muito grande para conseguir juntar tudo numa foto só. Fora a multidão de pessoas ao redor! hehehe

Dê uma volta inteira na praça, atente-se para os detalhes e siga para o Pallazo Vecchio, a outra grande edificação da cidade. Suas paredes são rústicas, todas em tijolos.

Pallazo Vecchio.

Bem em frente o Pallazo Vecchio você encontrará aquela réplica do Davi de Michelangelo. A obra original foi retirada dali para evitar desgaste. Ali perto começam um show de esculturas, que só a capital do Renascimento poderia proporcionar.

Não poderia faltar uma fonte com Neptuno, o deus das águas de acordo com a mitologia greco-romana.

Ali ao lado encontra-se a Galleria Uffizi, que contém a melhor coleção do mundo em obras renascentistas. Como tinha pouco tempo na cidade, ficará para a próxima. Contudo, não deixe de passar em frente, pois há várias estátuas dos grandes homens florentinos, como Michelangelo, Da Vinci, Galilei.
Logo é hora de avistar outro dos monumentos mais famosos de Florença: a Ponte Vechhio. Diz uma lenda que Hitler estava bombardeando a Itália, que havia sido dominada pelos aliados, mas poupou a ponte, por ser tão bonita! hehehe Lenda ou não, ela é única, pois possui algumas lojas em suas calçadas, mas não são qualquer lojas, são joalherias. Passei por elas e ignorei, pois são valores muito longe de caberem no meu bolso de mochileiro.

Eu, a Ponte Vecchio e milhares de pessoas! hehehe

Atravessando a ponte e esbarrando na multidão!

Outra perspectiva da Ponte Vecchio.

Continue as suas andanças rumo à Piazzale Michelangelo. A caminhada é longa, árdua, com uma ladeira e depois uma escadaria que podem fazer você desistir, mas não faça isso, vá até o fim, pois lá você terá ainda mais certeza de quão perfeita é Florença. E também poderá tirar fotos dignas de cartão postal!

É ou não é para se apaixonar?

Enquanto estiver em suas andanças pela cidade, almoce. Uma sugestão é comer a bisteca fiorentina um prato típico da região. Também prove alguns dos doces italianos, como cannoli, panna cotta, e os maravilhosos gellatos, mesmo no inverno.
Resumindo: um dia em Florença é apenas um aperitivo para tudo o que a cidade pode oferecer e a região, pois a Toscana possui paisagens belíssimas e também outras cidades de tirar o fôlego, mas se tiver um dia que seja vá e dê esse prazer aos seus olhos que é essa cidade! <3 Até o próximo post!

domingo, 8 de abril de 2018

Berlim e a história do século XX


Berlim, hoje a capital da unificada Alemanha, foi palco de boa parte dos eventos históricos que marcaram o século passado: a ascensão do populismo alemão após a primeira guerra que depois se tornou o Nazismo; a derrocada do Nazismo com a chegada do exército soviético; a construção do Muro de Berlim, que dividiu o mundo em 2; e por fim, a queda do Muro, que representou o fim do modelo socialista soviético.
De fato, é uma cidade fascinante, que ainda mistura elementos da República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) e edifícios ultramodernos como o Reichstag (Parlamento Alemão).
Há várias atrações e museus, muitos museus espalhados pela cidade. Hoje vou falar de um dia em especial da minha visita, no qual fui até o Campo de Concentração de Sachsenhausen e também à East Side Gallery (que nada mais é do que parte do Muro de Berlim e funciona como uma galeria a céu aberto).
Ao começar o dia, prefira ir até Sachsenhausen, pois é um tanto distante do centro de Berlim (Alexanderplatz). Como a maioria das pessoas se hospedam nos arredores da Alexanderplatz (Mitte), tomei a praça como ponto de partida. Uma coisa importante, compre um bilhete ABC, assim se for parado pela fiscalização eles não te aplicarão a multa de 40 euros, por não ter o bilhete. Compre, porque essa linha é vazia e foi a única vez que os fiscais olharam se estava tudo certo! hehehe

A paisagem da Alexanderplatz é marcada pela Torre de TV (Fernsehturm) e pela Igreja Santa Maria de Berlim (St. Marienkirche).

Como chegar? Saia da estação de metrô (U Bahn) Alexanderplatz e tome o metrô da linha (U8) sentido Wittenau e desça na estação Voltastrasse. Lá realize a transferência para a estação de trem (S Bahn) Berlim Gesundbrunnen. Lá embarque no trem sentido Oranienburg, que é a estação para desembarcar. Uma vez lá, há ônibus que levam os turistas até o campo de concentração (demoram bastante para partir) ou se encontrar outras pessoas interessada compartilhem um taxi, é mais rápido e o preço é o mesmo, já que o seu bilhete ABC não vale para a cidade de Oranienburg.

Mapa da Alexanderplatz até Sachsenhausen.

A entrada do campo de concentração é gratuita, mas recomendo alugar um audioguia, custa 4 euros. Não lembro se havia em português, acredito que tenha alugado um em inglês. Todos deveriam, ao menos uma vez na vida, realizar um visita em um local assim. A Alemanha mantém todos o campos de concentração abertos para que nunca mais se repitam os erros que foram cometidos no passado.
Ao começar a caminhada você terá um pouco da história do local. Sachsenhausen foi o primeiros dos campos de concentração que Hitler instaurou. E serviu como modelo para os outros, dentre eles Dachau e Auschwitz. Lá foram presos os inimigos políticos e minorias que o regime Nazista definiam como impuros: negros, comunistas, homossexuais, judeus e soviéticos. Lá eram realizados trabalhos forçados e a maioria dos presos morriam de fome, frio e doenças. Havia um forno de extermínio, porém Sachsenhausen não é caracterizado por ser um local de extermínio. Estatísticas dizem que cerca de 100.000 presos morreram lá. =(

Ao final temos a torre que marca a entrada do campo de concentração.

Todos os portões de campos de concentração traziam a frase "Arbeit macht Frei", que significa "O trabalho liberta".

Lembro, que durante a visita conheci vários quartos e celas em que as pessoas eram abrigadas. Fiquei imaginando como era passar o inverno ali, pois a temperatura no dia da minha visita era negativa e como se pode observar havia nevado na noite anterior.

O lugar tinha vários espaços vazios como esse, deveras melancólico.

Durante a visita, senti uma melancolia muito grande e achei até desrespeitoso ficar tirando muitas fotos de lá. Guardei as imagens e flashes na minha memória. Acredito que esse deve ser um local para se refletir profundamente a respeito de que o ser humano é capaz de realizar as maiores das atrocidades.
Hora de pegar o trem e voltar para Berlim! Lá iremos direto para a East Side Galery, uma seção do Muro de Berlim que serve de galeria. Volte para a Alexanderplatz e de lá vá à pé até o "Muro".
São várias obras diferentes, é possível ver quando foram pintadas, algumas são mais recentes e outras datam de 1995. O inconveniente é em que algumas partes há grades que impedem uma interação maior com as pinturas, acredito que para evitar depredação.

Uma metalinguagem, o ano que o "muro" caiu no muro! hehe


Um mar de pessoas querendo entrar na Alemanha Ocidental? Detalhe para a grade antidepredação.

Um pouco de história

O Muro de Berlim foi construído em 1961 para evitar que os moradores de Berlim Oriental fugissem para a parte Ocidental da cidade. A cidade estava toda dentro do território da Alemanha Oriental, porém, Berlim Ocidental era um "oásis capitalista" dentro de uma área de predominância socialista.  Durante anos o muro foi um símbolo da divisão do mundo entre capitalista e socialista. Período o qual foi caracterizado pela corrida armamentista e espacial entre as duas grandes potências da época: EUA e URSS. Resumindo, tudo isso fez parte da Guerra Fria. Ninguém atacava, mas a tensão de que uma Terceira Guerra pudesse começar a qualquer momento deixava todas as relações no período muito tensas. A partir dos anos 1980, a URSS começou a perder força (isso dinheiro para bancar os aliados socialistas) e uma abertura política começou a ser ensaiada por meio do então líder soviético Mikhail Gorbachev. A pressão social para a unificação da Alemanha inciou-se e no dia 9 de novembro de 1989, o muro, que era a representação dos dois regimes econômicos caiu. Populares começaram a quebrar algumas partes do muro, o que causou euforia nas duas Alemanhas. E tudo por conta de um engano dos líderes alemães-orientais. A unificação real ocorreu em 3 de outubro de 1990.
Em toda a cidade, por onde o muro passou, vemos essas placas em calçadas e ruas "Berliner Mauer 1961-1989".

Berlim é uma das cidades mais incríveis do mundo. Lá, além de termos todos esses lugares históricos para visitar, podemos encontrar a "Meca" da música eletrônica; várias feiras de produtos orgânicos e coisas usadas para trocar; muitos espaços que mostram o passado socialista da cidade, como na arquitetura dos prédios e a própria torre de TV. Um local onde se aprende muito, um dos principais objetivos de se viajar! Até o próximo post! =)



domingo, 18 de março de 2018

Um dia em Bruges, a mais bela cidade da Bélgica

Bruges, na minha opinião é a mais bonita das cidades belgas. Isso porque podemos encontrar em um lugar só canais, como os de Amsterdã, e lindos prédios históricos. Um dia, em uma day trip, a partir de Bruxelas é o suficiente para conhecer as belezas desta cidade de apenas 117.000 habitantes.

Para chegar lá utilize o bom sistema de trens da Bélgica, Belgian Rail. Não é necessário comprar os tíquetes com antecedência, compre-os nas máquinas da estação Brussel-Centraal/Bruxelles-Central. O valor do tíquete ida e volta durante a semana é de 30 euros, e nos fins de semana 15. É uma forma de estimular os belgas a conhecerem seu país. Saia de Bruxelas por volta das 8h da manhã e retorne por volta das 17h. O trem conecta as duas cidade em mais ou menos 1h30.

Ao chegar na estação de Bruges, procure pelo serviço de turismo e peça um mapa, o qual pode ser útil na suas andanças pela linda cidade medieval. Não é necessário utilizar qualquer transporte ao caminhar pela cidade. Leva-se de 20 a 30 minutos de caminhada da estação de trem até o centro histórico. Ande sem pressa e curta a paisagem, o centro é lindo. Cada rua, canal tem seu charme.

Ao sair da estação segui o fluxo de pessoas. E comecei o meu registro fotográfico.

Continue em frente e logo aparecerão os primeiros canais.

Os canais de Bruges mais as lindas torres das igrejas, não há combinação mais perfeita.

Há vários lugares a serem visitados: Casa com obras de Picasso, várias igrejas, museu da batata frita!, choco-story (algo como um museu do chocolate) e a linda Grote Markt, que é a praça central de Bruges.Todas as praças centrais nas cidades belgas tem esse nome, o motivo: lá se realizavam feiras (mercados) durante a idade média, portanto 'Markt'.

Localizada bem na Grote Markt está a Belfry de Bruges, que é a maior torre da cidade. Começaram a sua construção em 1240, devastada por um incêndio em 1280, foi reconstruída. A entrada custa 10 euros. Veja o tamanho da fila, se estiver em 1 hora de espera, vale a pena entrar e subir os 366 degraus para ter uma visão de 360 graus da cidade. Dizem que em dias ensolarados e limpos é possível ver o Mar do Norte, não deu para eu ver, por conta da névoa característica da Bélgica.

A Belfry de Bruges vista da Grote Markt.

Bruges vista da Belfry.

Como fui durante o inverno, pensei que não havia passeios de barco. Porém, quando estava sem esperanças vi um circulando pelos canais e localizei onde era vendido. O valor do passeio foi 8 euros e mostra um pouco do canais de Bruges e o condutor/guia conta um pouco da história da cidade.

Passeio de barco: com direito a foto desfocada e cabeças... hehehe Esse prédio foi um hospital até o século XIX.

O segredo para conhecer essa linda cidade é se perder em suas ruas medievais, cada esquina guarda um lindo segredo para seus olhos. Lembrando que na Bélgica sempre vale a pena tomar uma ótima cerveja local, umas das melhores do mundo e também provar os deliciosos chocolates. Com todas essas dicas não tem como não gostar de Bruges, um lugar que agrada aos olhos e ao estômago! Até o próximo post! =)

sábado, 10 de março de 2018

Uma manhã em Belém, Lisboa

Lisboa está na moda! Esqueça Paris, Roma e Londres, o legal agora é visitar a terrinha! Uma cidade apaixonante, cheio de monumentos lindos, bairros vivos, noite efervescente. Sim, Lisboa é incrível! Impossível não se apaixonar!
O post de hoje dará detalhes de uma visita a um dos bairros mais históricos da capital portuguesa: Belém. Sim, é aqui que é fabricado o famoso pastel.
Caso esteja hospedado na região da Praça do Comércio, basta pegar um elétrico até o Mosteiro dos Jerônimos, nossa primeira parada. A entrada custa 12 euros e também, no mesmo bilhete, pode-se entrar no Museu Nacional de Arqueologia.


Fachada do Mosteiro dos Jerônimos.

Esse lugar tem muita história. Sua construção começou em 1502 (ops, dois anos depois da primeira visita portuguesa ao Brasil), um período em que os portugueses dominavam os mares e eram potência econômica junto com a Espanha. As suas alas foram construídas aos poucos, e até hoje recebe atualizações e restaurações (afinal são mais de 500 anos de história). Muita gente famosa está sepultada lá: Vasco da Gama, Luís de Camões e Fernando Pessoa são uma pequena amostra de quão importante esse local, Patrimônio da Unesco, é para os portugueses.
A igreja Santa Maria Belém possui um ingresso à parte, porém é possível acessá-la pela parte superior, sem pagar nada mais por isso. Seus vitrais são incríveis.

A Igreja Santa Maria Belém, vista de sua parte superior.

Vista do pátio interno, no dia anterior havia acontecido o funeral do ex-presidente Mário Soares.

Depois dessa visita de tirar o fôlego, ao sair para o mosteiro, ande para sua esquerda, atravesse a rua e estará em frente aos pastéis de Belém, uma iguaria que só pode ser consumida nesse local. Os outros são pastéis de nata.
Os pastéis de Belém começaram a ser fabricados em 1837, pois alguns anos antes o Mosteiro havia sido fechado por problemas financeiros. Hoje, os pastéis são uma iguaria da culinária portuguesa. Entre na pastelaria, é enorme, sente em um banco e os prove junto com um café expresso. Uma ótima parada para continuar as andanças pelo bairro.
A fachada, tem até marca registrada; outros pastéis não são de Belém, e sim de nata.

Quentes, crocantes e prontos para comer.

Hora de gastar as calorias, caminhe em direção ao rio Tejo. Logo, já dá pra avistar o Padrão dos Descobrimentos, um monumento moderno que homenageia as grandes conquista portuguesas. Foi construído em 1960. É possível subir o monumento, o ingresso custa 5 euros. Mas já basta ver o monumento. Detalhe: a avenida mais próxima dos monumentos se chama Brasília! hahaha

Padrão dos Descobrimentos, todos os grandes desbravadores portugueses estão lá.

Continue caminhando em frente até chegar à Torre de Belém, outro marco da história portuguesa. Começou a ser construída 1515, para defender a cidade de Lisboa de invasores, bem próxima à foz do rio Tejo.  Hoje é um dos locais mais visitados de Portugal e também é um patrimônio da Unesco. A entrada custa 6 euros. Quando fiz a visita o acesso à parte mais alta estava fechado =(

Linda e imponente.

Recentemente foi inaugurado o MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia). A sua vista é imponente próximo ao Tejo. Vi alguns relatos do TripAdvisor que a arquitetura é incrível, porém ainda não possui tanto conteúdo, provavelmente por ser novo. Para ir ao Museu, seria mais interessante começar o passeio por lá, pois fica antes, vindo do centro, em relação às outras atrações.

O mapa mostra todos os lugares citado no post: Mosteiro dos Jerônimos, Pastéis de Belém, Padrão dos Descobrimentos, Torre de Belém e MAAT.

Com todas essas dicas, resta somente aproveitar esse cantinho da tão especial Lisboa. Você não irá se arrepender! Até o próximo! =)

domingo, 4 de março de 2018

Trem como meio de transporte na Europa, como usar?

No Brasil, quando pensamos em trem, passa por nossas mentes apenas os trem metropolitanos, que cortam as grandes cidades brasileiras e serve como transporte especialmente para ir e retornar do trabalho, estudo etc. Trem que cruzam estados, são raros por aqui. O único trem que utilizei por uma distância maior que 50 km foi o que liga Curitiba a Morretes (um lindo passeio por sinal).
Na Europa as distâncias não são muito grandes, é possível cruzar um país a bordo de um trem de alta velocidade em 2, 3 horas. Não existe nada mais incrível, como por exemplo, entrar abordo de um trem em Paris, e depois de 2h30 estar em Londres! Isso tudo cruzando o Canal da Mancha!
Bom, nesse post pretendo tirar as principais dúvidas do transporte ferroviário no Velho Continente.

Quando compensa usar o trem ou um avião?

Pergunta fácil de ser respondida. Depende de quanto tempo ficará a bordo do trem. Se for até 4 horas, compensa, se o período for maior, prefira o transporte aéreo.
Cito como melhor exemplo, a minha primeira Eurotrip. Estavam no meu roteiro as cidades de Amsterdã e Berlim. Procurei no site https://www.rome2rio.com/pt/ quanto tempo e quanto ficava o trajeto entre as duas cidades. O trem demorava cerca de 6h30 horas, o que deixa tal transporte em desvantagem ao avião. Foi necessário pegar um ônibus até o aeroporto Schiphol em Amsterdã, lá embarquei em um voo low-cost da Easyjet para Berlim Schönefeld. Uma vez lá utilizei o trem metropolitano para chegar no centro da capital alemã. Lembro que saí 6h30 da manhã do hostel em Amsterdã, e cheguei 12h em Berlim. Portanto foram 5h30 de trajeto. Menos que o trem.

Um outro caso: estava em Londres e precisava ir para Bruxelas. O trajeto de Eurostar entre as duas cidades leva 2h. Todo o trajeto até o Aeroporto de Heatrow, check-in, embarque, voo, desembarque, e trajeto do Aeroporto Zavantem até o centro de Bruxelas pode ultrapassar 4 horas. O trem ganha fácil aqui!

E sempre leve em consideração que as estações de trem são sempre nos centro das cidades, portanto aquele deslocamento até os aeroportos (sempre distante) não vai existir.

Onde comprar os bilhetes de trem?

Quando pensamos em tal assunto várias pessoas pesquisam no Google e param aqui: http://www.raileurope.com.br . Normal, porém esse site é revendedor de passagens. Se revende tem lucro! hehehe Procure ir sempre no site da empresa que vende o trecho desejado. Segue uma lista das principais empresas ferroviárias europeias:

Itália: qualquer trajeto na Itália pode ser comprado aqui: http://www.trenitalia.com/ . O site está em italiano e também em inglês.

Espanha: qualquer trajeto dentro da Espanha, compre aqui: http://www.renfe.com . Site em espanhol e inglês.

Paris-Bruxelas-Amsterdã: esse trecho tem que ser feito de Thalys. https://www.thalys.com/ . Entre Paris-Bruxelas agora também é possível comprar por um valor menor, na empresa low-cost da Thalys, Izy: https://www.izy.com/ . Sites em inglês, francês e holandês.

Paris-Londres-Bruxelas: talvez um dos trechos mais utilizados, vá de Eurostar: https://www.eurostar.com/rw-en/? . Essa é a linha mais cara, pois os trens passam por baixo da água! hehe

França: dentro da França utilize o TGV: https://www.sncf.com/fr .

Esses são alguns exemplos, mas há outras companhias: a Detusch Bahn (Alemanha), CP (Portugal), ÖBB (Leste Europeu) e National Rail (Reino Unido).

Quando comprar?

Para se ter o menos preço, procure com, pelo menos 3 meses de antecedência. Em alguns países, a passagem começa a ser vendida apenas 2 meses antes da data desejada. Fique atento.

Com todas essas dias é só comprar a sua passagem e curtir as belas paisagens da janela.

A bordo do AVE entre Barcelona e Madri.

A linda Toscana entre Florença e Milão.

Alguma dúvida quanto a um roteiro a ser feito? Entre em contato que posso ajudar! Até o próximo post! =)

domingo, 25 de fevereiro de 2018

A Sagrada Família de Barcelona e Gaudí

Barcelona, uma cidade intensa! São várias atrações a serem visitadas durante o dia, uma das praias urbanas mais cheias da Europa e uma vida noturna agitada. Assim funciona a metrópole catalã. E uma pessoa em especial tornou essa cidade ainda mais incrível de ser visitada: Antoni Gaudí.
Provavelmente sem ele, a cidade seria outra, mas felizmente suas obras fazem parte do dia a dia dos catalães e também dos turistas. Não conhecer, ao menos, um dos locais que esse arquiteto desenhou é um pecado.
A Sagrada Família é o mais famoso. O mundo inteiro já ouviu falar da igreja em que a obra ainda não acabou! Ela começou a ser construída em 1882 e a entrega da obra está prevista para 2029! Serão quase 150 anos construindo talvez, a mais bela igreja que já conheci!
Gaudi entrou no projeto em 1883 e viu a sua obra até sua morte em 1926. E trouxe vários elementos que não são comuns a uma igreja, principalmente na parte externa. Cada cantinho da Sagrada Família revela um detalhe diferente.
Foi o meu primeiro registro fotográfico da Sagrada Família, vejam que os guindastes são provas de que temos um obra ali.


Essa é a Fachada da Natividade, umas das três que compõem a igreja e a única que Gaudí concluiu.

Esse é o interior. A obra aqui já acabou e provavelmente você não tenha visto qualquer igreja com linhas tão arrojadas quanto essa.

Em relação aos vitrais, de um lado eles tem cores frias (azul, roxo, verde) e do outro, quentes (vermelho, amarelo e laranja).

Vista que se tem da Torre da Natividade. A igreja é um dos edifícios mais altos da cidade, suas torres podem alcançar 130 metros de altura!

Valores: vistar tal obra-prima e parte do patrimônio cultural da Unesco não é barato! O ingresso mais barato custa 15 euros e dá direto a entrar na igreja, somente. O mais caro, 29 euros, dá direito a um audioguia e também a subir em uma de suas torres (escolha a da Natividade, que é a "original" de Gaudí). Outra dica preciosa é comprar os ingressos pela internet no site oficial com antecedência (http://www.sagradafamilia.org/eng/tickets/index.html). Barcelona é uma das cidades mais visitadas da Europa, especialmente na alta temporada (julho e agosto), pode ser difícil achar ingressos a venda lá. Compre online, imprima o seu voucher, entre e curta muito esse lugar tão especial!